12/09/2015

As A Winter Morning - Capítulo 3


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"Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes." - Carlos Drummond de Andrade

Tyler's Building - New Jersey
04:00 p.m.

Joseph

  Erin sorria para mim descaradamente, ao mesmo tempo que abria alguns botões da camisa branca, tornando o decote maior. Já devia saber que não me rendo tão facilmente. Contudo estaria a mentir se dissesse que não estou gostar. Um rangido desviou-nos a atenção para a porta do escritório do meu primo. A inspetora tinha saído, finalmente. Fiquei à espera que isso acontecesse, pois tinha-me esquecido do telemóvel em cima da secretária. Não pude deixar de reparar nela. Está vestida com umas jeans com vários rasgos e uma simples t-shirt preta com um decote generoso. É bonita, não posso discordar, todavia trabalha como inspetora. E polícias e eu, não é propriamente a combinação perfeita.   

- Inspetora? Precisa de alguma coisa? – Erin perguntou, reparando em como ela permanecia parada encostada à porta.
- Hm… Não… Obrigada. – Levantou a cabeça e deslumbrei melhor a sua beleza. É realmente muito bonita, mas isso não quer dizer que vá tentar alguma coisa com ela. Existem muitas mulheres que me satisfaçam, como a Erin por exemplo. No entanto, parece que a conheço de algum lado. Provavelmente, já me esbarrei com ela.

  A rapariga de cabelos negros curtos, dirigiu-me o olhar, mas quando reparou que eu também a olhava, rapidamente tratou de desviar o mesmo. Passou por mim apressadamente, contudo eu ainda fui a tempo de a agarrar pelo braço. Os seus olhos logo se colocaram sobre mim e ela fez-me uma expressão ameaçadora. Coitada, pensa que me intimida.

- O que foi?! - Vocifera alto de mais.
- Acho melhor acalmar-se, inspetora. Só quero fazer-lhe uma pergunta. - Disse-lhe com um sorriso um tanto irónico no rosto.
- Faça, depressa. - Revirou os olhos antes de responder.
- Nós já não nos conhecemos? - Não era bem aquela a pergunta que eu queria fazer, mas por agora acho que é melhor esta.
- Depende. - A sua expressão modificou-se completamente, agora ostentava divertimento.
- Depende do quê? - Acho que não vou gostar da resposta.
- Se isso for bom ou mau, mas não me parece que conhece-lo seja uma boa coisa. - Eu disse que não ia gostar da resposta. 
- Você é casada?
- Não? - Disse mais como uma questão e franziu o sobrolho.
- Então é melhor habituar-se, porque duvido muito que alguém um dia queira ter alguma coisa consigo. - Vi o rosto dela transformar-se em três expressões diferentes de seguida. Primeiro, de confusão. Depois, de tristeza. E por fim, de raiva.
- Vá à merda! - Ela gritou claramente irritada e entrou no elevador num ápice. Gargalhei verdadeiramente com aquilo. Balancei a cabeça e entrei de novo no escritório do meu primo.

- Ainda não te foste embora? - Perguntou-me o Nathan assim que me viu a entrar, num tom de gozo.
- Só vim buscar o meu telemóvel que me esqueci. - Recolhi o mesmo para dentro do meu bolso das calças. - Então, o que queria a inspetora?
- Não tens nada haver com isso! - Disse, enquanto ria da minha curiosidade.
- Diz-me. - Ele mexia no computador, ignorando-me completamente. - Porra, Nathan! Diz logo que merda ela veio fazer aqui! - Pedi impaciente.
- Apenas perguntar umas coisas sobre o ex-marido. - Deu de ombros.
- Ex-marido? - Afinal alguém a tinha conseguido aturar, mas parece que não por muito tempo.
- Sim, morreu um dia antes da tua mãe. Acho que o funeral até foi no mesmo dia.

- Desculpe. - Ouvi a rapariga sussurrar, quando esta foi contra mim. 
- Veja por onde anda. - Respondi de maneira rude, deixando-a para trás, quase a empurrando. 

  Agora sei o porquê que estava tanta gente naquele maldito cemitério. E também já sei de onde conheço a inspetora, foi com ela com quem me esbarrei naquele mesmo dia. Que merda de coincidência. 

- Ah. - Apenas sussurrei e sai da empresa de Nathan, sem lhe dizer mais nada.


...

  Já estava a escurecer quando estacionei em frente ao TheDome Bar. Eles têm os melhores hambúrgueres da cidade e com a minha fome, é mesmo do que eu preciso. O lugar é calmo e pequeno. Não se enquadra muito comigo, pois sempre estou metido em ambientes barulhentos, espaçosos e com várias pessoas bêbadas e inconscientes. Mas às vezes é bom estar em locais como este, sem ninguém aos encontrões ou a gritar histericamente. 

- Um hambúrguer e uma cerveja. Rápido. - Ordenei, sentando-me ao balcão e a rapariga ruiva arregalou os olhos por uns momentos, antes de gritar o meu pedido para alguém da cozinha. 
- Já está a ser feito, senhor. - Disse-me, lançando-me um sorriso fraco. 
- Eu percebi. - Voltei a falar rudemente e revirei os olhos. 

  Após uns minutos, comecei a saborear o meu pedido. Um vibrar que vinha do bolso das minhas jeans chamou-me a atenção e assim que retirei o telemóvel, li o conteúdo da mensagem.

Hey, bro. Eu e o Thomas descobrimos umas coisas. Dá para falarmos?
Leo

~

Olá sweets. Tudo bem com vocês? Nem vale a pena dizer nada sobre a demora, pois não? 'kkk Enfim, sinceramente está dificil postar com frequência :c mas nós vamos tentar postar ao menos um pouco mais depressa que esta última vez. Se demorarmos muito, em momento algum pensem que abandonamos o blog. É mesmo por que temos falta de tempo e está tudo uma correria e para melhorar ainda vem a bendita falta de imaginação -.- Pedimos desculpa mais uma vez, sweets. Esperemos que tenham gostado do capítulo.
Até ao próximo. 
We love all <3

By: Mia